segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Clube do Remo x Payssandu

Como bom paraense tenho uma ligação muito forte com o futebol. Clube do Remo e Payssandu. Esses dois clubes me fizeram rir e chorar na inocência da minha meninice e até na adolescência. Sou remista.
O Remo de camisa azul marinho, calções brancos e as meias em azul marinho. O outro, de camisas listradas em azul celeste e branco, com os calções brancos e as meias em azul celeste e branco.
Quantas vezes asssiti o espetáculo desses dois times jogando: Campo da Curuzú, Evandro Almeida e Sousa. Quantas vezes meu amigo. O coração batendo a mil por hora. Viví a fase do amor apaixonado por um clube. O Leão Azul.
Lembro da minhas andanças de garoto pela concentração do Payssandu - no campo da Curuzú. É que moleque tem de chegar cedo para furar no portão de entrada ou então pular o muro alto, meu cumpadre. Muito alto. Mas, dava-se um jeito.
Num desses jogos, consegui entrar na Curuzú e fui olhar os jogadores alviazuis na descontração, momentos antes do jogo: Jorge Baleia, Ércio, Quarenta, Carlos Alberto, Fernando (Pau Preto), Paulo Malvão, Catote, João Tavares..... E eu remista, naquele caldeirão. Nesse clima, anos depois, ví o jogo Payssandu 3 X 0 Penarol. Quando o muro da Curuzu caiu. Estréia do Castilho.
Mas, o jogo desses rivais que mais me marcou, aconteceu no campo do Sousa. Da Tuna Luso Brasileira. Numa certa tarde calorenta de ceu azul, mês de Julho.
Eu e Mesquita - que depois se tornaria craque dos três times (Remo Payssandu e Tuna) - fomos ao jogo. Detalhe. Morcegamos um caminhão de distribuir querosene no bairro do Telegrafo. O dono, "pai do sujo" homem moreno e corpulento, mas, muito legal. Ele nos transportou do Telégrafo ao Sousa agarrado nas alças do tanque. Uma aventura!
Chegando lá, identificamos onde o caminhãoo ficaria estacionado para voltarmos p´ra casa.
Feito isso, enfrentamos o próximo desafio. Entrar no Estádio. Como? Pulando o muro. O que fizemos rapidamente. Caindo p´ro lado de dentro, a corrida providencial para se misturar aos pagantes e a subida na arquibancada do lado direito, para assistir o jogo.
Aí foi só curti-lo. Naquela tarde de domingo travou-se mais um duelo de futebol entre o melhor ponta esquerda do Pará (Neves) pelo Clube do Remo, contra o melhor lateral direito da história do futebol paraense (Oliveira), do Payssandú.
Um respeitava o outro. Se "nevasca" dava um drible numa jogada, na outra, Oliveira era quem dava o show. Foi assim até o final da partida que terminou empatada em 1 x 1. Inesquecível!
Dois craques que o povo paraense nunca esquece. Depois os dois foram contratados pelo Fluminense do Rio de Janeiro. Ambos são falecidos. Coisas da vida!
Ah! tem tanta coisa para falar de Remo e Paysandu que dá um livro, com certeza:
Piedade, Ribeiro, Soco, Casemiro, Amoroso, Alcino, Adinamar, Rubilota, Mesquita, Zé Ilídio, Bené, Quarenta, Carlos Alberto, Ercio, Vila, Freitas, Valmir, Dico, Bira, Aldo, Caito, Valdocir, Aderson, Cuca, Neves, Oliveira, Edson Piola, Laercio, Edilson, Pedro Buna, Chaminha, Camara, Paulo Malvão, Pau Preto, Caim, João Tavares, Jorge Tavares, Tuica, Iris, Tito, Alemão, etc.....
O Clube do Remo faz parte da minha vida e o Payssandú, também....
Leonai Garcia

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