Pude conversar com a professora Claudia dos Santos Pereira, sobrevivente do naufrágio da lancha que afundou no Rio Amazonas em julho passado, entre o Pau Mulato e a Fóz do Macacoari. Pura emoção.
Ela falou do seu salvamento e do seu filho de 03 anos, tendo como apoio um carote. Isso mesmo. Um depósito de plástico foi o meio de salvação; dela, do filho e de outra professora.
A tragédia: - " Viajávamos numa tarde tranquila bordejando o Amazonas, do Pau Mulato em direção a Fóz do Macacoarí. De repente começou a ventania e ondas se formaram.
Aí a embarcação embicou numa "vaga" e uma onda inundou a lancha numa golfada, afundando-a instantaneamente. Estávamos sentados. Assim fomos jogados n´água. Um desespero.
Começou o bate água. O salve-se quem puder. Consegui ficar com o tronco para fora dágua por uns momentos, equilibrando o meu filho num dos braços. Eis que num instante, aparece um "carote". A nossa salvação.
Eu, a minha colega e o meu filho conseguimos chegar na praia. Salvamo-nos.
Nesse naufrágio desapareceu nas águas do Amazonas o professor Paulo Melo, cujo corpo foi encontrado depois, muito longe do local da tragédia.
Detalhe. Todos viajavam sem o colete salvavidas.
Leonai Garcia
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