quinta-feira, 4 de março de 2010

A doença do carater

O mau carater não tem escrúpulo.
Se lhe deram uma chance, com certeza o mau carater mexe nas coisas do alheio.
O mau carater não difere o púbico do privado.
Regra geral é um elemento horroroso do ponto de vista moral.
Quando moleque no bairro do Telégrafo Sem Fio, convivi com ladrões - batedores de carteira nos ônibus apertados da Belém de outrora. Os caras faziam o seu serviço até o rush do início da tarde.
Dali em diante, vinham se reunir no campo de de futebol próximo a minha casa. Mas aqueles caras tinham uma conduta protetora em relação a nós, meninos na fase da pré-adolescência: ninguém batia no nosso time, quando disputávamos jogos com os garotos de outros bairros.
A vida foi passando, o vestibular de medicina aconteceu, a vida de médico iniciou, e tome aprendizado.
O tempo foi passando, passando e passando. Aos 61 anos de idade, ví muita coisa errada acontecer em termos administrativos no Amapá.
O caso Ferrari, concursos melados, licitações fraudulentas, o pobre de ontem, que carregava uma pastinha debaixo do braço se transformou no rico de hoje.
Operação Pororoca, operação Antídoto, e mais um monte de operações deflagradas pela Polícia Federal com todo aquele aparato que a instituição tinha direito, até que puzeram um freio naquela farofada toda, a custa do dinheiro público.
Gente foi acusada e presa, depois, inocentada, enfim....
De todos os escândalos envolvendo o desvio do dinheiro público, poucos foram os casos em que o MP se envolveu até o "talo" como esse da SEED.
Senhores leitores:
São 05 promotores de justiça que fizeram investigações em Belém, no Amapá, e noutras partes do país, em busca de subsídios capazes de ofertar uma denúncia robusta, fundamentada, incapaz de por em risco a credibilidade da instituição.
Foram consumidos 8 meses. Repito: 08 meses de trabalho árduo, onde foram encontradas coisas "cabeludas" que só podem parir de cabeças doentias. Cabeças que não acreditam na existencia da justiça neste país.
Os acusados no bojo do processo agiram na certeza de que ficariam impunues.
Quase ficaram.
Foram anos de crimes na esfera administrativa.
Bom. As denuncias estão aí. A justiça começou a movimentar a sua pá. O secretário de educação do Amapá, professor Adauto Bitencourt já foi afastado do cargo por liminar do Juiz Paulo Madeira.
É bom esclarecer aos leitores que essa decisão judicial faz parte do processo na Vara Cível.
Tem o outro. O da Vara criminal, sob a responsabilidade do Procurador Yaci Pelaes.
Vem mais coisa por aí.
É só esperar.
O ladrão de ontem. Àquele que batia carteira no ônibus lotado, furtava o dinheiro de uma pessoa descuidada.
Esses ladrões do "colarinho branco" furtam milhões.
É dinheiro da merenda escolar, e de outras obrigações do poder público ligadas a educação.
Não estou acusando o secretário de educação sr. Adauto Bitencourt.
Estou animando uma notícia proveniente do MP do Amapá.
Por sinal conversei, pessoalmente, com o Dr. Eder Abreu, chefe da investigação.
Quem errou tem de pagar.
José Roberto Arruda curte o seu calvário na DPF de Brasília.
Por aqui não pode ser diferente.
Não pregamos a destruição de quem quer que seja, mas, não nos omitimos perante essas barbaridades cometidas com o dinheiro público.
Além de presos, esses megalomaníacos devem ser assistidos por psiquiatras na prisão.
Leonai Garcia

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