terça-feira, 30 de março de 2010

Da Revolução Militar de 1964 à Democracia

Março de 1964. Dia 31. Nesse dia aconteceria a Revolução Militar, capitaneada pelo Exército, contra o avanço do comunismo em nosso território.
Quem participou do movimento espalhado pelas américas a partir de Cuba, pode dar o nome que quizer, mas, foi, sim, uma tentativa de introduzir aqui o comunismo, modelo cubano.
Até hoje tentam, mas, não conseguem nada. O povo brasileiro é democrata por índole. O povo brasileiro ama o futebol, o samba e o carnaval.
Àquela época, nos meus 16 anos de idade, não estava ligado naquilo que acontecia ao país. A alienação própria da idade e da região nortista impregnava a juventude. Cursava, então, o 3º ano ginasial na Escola Industrial de Belém.
Lembro dessa escola com muito carinho, afinal, alí, viví momentos mágicos da minha fase estudantil. Tínhamos um time de futebol de salão muito forte. O melhor do Pará dos jogos paraenses ginásio-colegial.
Pois bem. Nesse time tinha um craqaço, o Ondino, apelido, "Nega Maluca" em alusão a um folião, negro, que pintava o corpo com tinta escura e o cabelo grande, também de negro, que levava ao colo uma boneca, molongó.
Pois bem esse sujeito percorria as ruas de Belém nos carnavais dos anos 1950 - 1960, soltando gritos estridentes. Uma festa. As criancinhas tinham medo dele.
O Ondino como os leitores podem deduzir era negro, alto, forte, e tinha um chute potente, fazendo-o artilheiro da escola, em diversos jogos.
Terminado o curso na EIB, o negão entrou para o Exército Brasileiro, onde seguiu a carreira militar, sendo promovido a sargento.
Nessa condição foi deslocado para a região do Araguaia e lá foi morto a tiros pelos guerilheiros alí, emboscados.
Quando isto aconteceu, encontrava-me servindo ao Exército (1968), aos 20 anos incompletos. Certo dia estando em forma, soube do ocorrido ao meu colega pelo boletim do dia.
A consternação foi geral dentro do quartel da Almirante Barroso e a vontade de vingar o companheiro de farda invadiu nossos corações de soldados. Nunca esquecerei aquele dia.
Escrevo essas linhas na véspera do aniversário do Movimento Militar de 1964. Dia 30.
Essa turma que hoje adorna o PT e outros partidos ditos de esquerda, tentam, mas não conseguem nos levar para o caminho do comunismo. Jamais conseguirão. Nossa índole é democrática.
Isso passa de pai para filho, nos mais distantes grotões desse país de dimensões continental, mesmo nos lares mais humildes.
O movimento militar teve seus pecados, mas, o outro lado, também. O livro biográfico de dom Helder Camara é rico de detalhes sobre pessoas que foram torturadas, erroneamente.
Padres, estudantes, operários, políticos, homens, mulheres, enfim, muitos foram torturados. Eis o erro da Revolução.
O tempo passou, a revolução acabou, os militares voltaram para dentro dos quartéis, a democracia se instalou, com a eleição de Tancredo Neves, substituído, desgraçadamente, pelo seu vice.
De lá para cá tivemos varios presidentes: Fernando Collor de Melo, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.
Estamos às portas de mais uma eleição presidencial.
Que vença o melhor, mas, seja lá quem vencer, não nos levarão para o caminho do atraso, o caminho do comunismo.
Viva o Brasil!
Leonai Garcia

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