terça-feira, 27 de outubro de 2009

O poder da urna

Ela consagra o vencedor de uma disputa eleitoral e dá ao vitorioso a confiança necessária para novos desafios. Melhor ainda quando o felizardo realiza um bom trabalho perante o seu povo. É isso que acontece em Macapá nos dias atuais.
Foi o que aconteceu com Jose Serra quando venceu as eleições municipais de 2004. Confiante no seu vice foi lançado pela coalizão (PSDB-DEM) candidato ao governo paulista e venceu de novo a eleição, desta feita, em todo o estado de São Paulo.
A base da nova campanha foi o seu bom governo na prefeitura paulistana. Gilberto Kassab, o vice, assumiu as rédeas da prefeitura da capital paulista e, sustentou o novo desafio do seu companheiro de chapa alçando-o ao pódio com uma boa “maçaroca” de votos.
O próprio Kassab também foi eleito prefeito pelo povo paulistano (2008) no rastro da competência do modelo Serra de governar.
Instalado no Palácio dos Bandeirantes, novo desafio resssurge para Jose Serra. Agora, mais encorpado pelo poder da urna, topa de frente com a chance de governar o país. Os números das pesquisas lhe favorecem apesar do prestígio do atual presidente (Lula) que tenta, mas não consegue fazer decolar a sua candidata – Dilma Roussef, a “mãe do PAC”.
Por aqui, praticamente o mesmo panorama se delineia guardadas as devidas proporções e aspirações. Roberto Góes (PDT) inicialmente na corrida eleitoral rumo a prefeitura de Macapá obtinha um baixo índice de preferência popular. Acertando a composição da chapa com a ex-vereadora Helena Guerra ganhou fôlego.
O passo seguinte foi afinar o discurso. Ele que tinha sido somente candidato a vereador da capital e deputado estadual, com vitórias sucessivas. Uma candidatura majoritária lhe faltava. O desafio foi enfrentado com garra e determinação. Assim, a campanha foi se desenrolando a ponto de chegar ao prazo fatal do primeiro turno e ser suplantado pelo candidato de oposição Camilo Capiberibe (PSB), por larga vantagem.
Veio o segundo turno e apenas os dois a se digladiar. Os discursos inflamados e a estratégia correta fizeram com que a diferença fosse caindo ao longo do percurso. Vieram os debates na TV e Roberto Góes soube canalizar para si o apoio da população da capital fazendo-o vencedor, por uma margem apertada, mas, dentro daquilo que se esperava dentro das suas hostes.
Entronizado na cadeira de prefeito de Macapá o trabalho cobrava pressa. A cidade abandonada pelo gestor anterior exigiu da nova equipe, trabalho intensivo. Tudo estava por fazer. Cidade esburacada, passeio público do centro comercial tomado por vendedores ambulantes indisciplinados. Empresas de ônibus não obedeciam diretrizes, quaisquer que fossem, e a conseqüência imediata: reclamação dos passageiros. Os terrenos da capital supervalorizados intempestivamente, em prejuízo dos proprietários: nova grita. Tudo isso foi solucionado em pouco tempo, em consonância com a nova câmara de vereadores.
Mais. A merenda escolar nos três turnos, e servida durante o período das férias escolares. Isso foi um “cala boca” na oposição que desdenhava dessa promessa de campanha. Achavam impossível realizá-la. Hoje, é uma realidade. O transito caótico ceifando vidas sem cessar exigia uma providencia do poder público. Aí, surgiram os sinais luminosos com temporizador, que alem de embelezar os cruzamentos da capital, possibilita maior ordenação no escoamento do trafego principalmente no horário de “pico”. A conseqüência temporal é a redução dos acidentes de transito, então menos mortes, menos acidentados, menos mutilados.
As praças da capital e as rótulas, limpas, grama podada, iluminadas, flores e luzes lhe dão beleza e atraem as famílias que voltam a gozar da delicia de um fim de tarde ou então de um namoro aconchegante sem o odor pútrido exalado das águas paradas e imundas de passado recente.
Calendário escolar cumprido a risca sem a presença inoportuna dos “fazedores“ de greves. Salário do servidor pago em dias, ruas becos e avenidas asfaltadas, tudo isso feito com um orçamento “minguado”, mas, quando se quer fazer alguma coisa de concreto em beneficio do povo, se faz. O empresário, a empresa entra com a sua contrapartida quando sente seriedade na ação do gestor.
O resultado de tudo isso é a confiança popular. O povo da capital está satisfeito com o seu jovem prefeito. Os moradores dos outros municípios admiram a recuperação de Macapá. A lógica então se manifesta nas pesquisas de opinião publica. A maioria dos entrevistados em pesquisas feitas para aferir o grau de satisfação, respondem positivamente.
O povo brasileiro é ordeiro, há os desajustados, os infelizes, os doentes mentais, sempre haverá essa dissonância. Mas, a maioria cumpre leis, recolhe impostos e tributos, a maioria é trabalhadora e honesta, é essa maioria que adora o belo, o limpo, o saudável. É essa maioria que quer ver o estado do Amapá ser governado por um homem justo, trabalhador, dinâmico, que usa a autoridade sem ser autoritário.
Alea jact est, diriam os romanos. A sorte está lançada, dizemos, nós seres viventes desse rincão brasileiro. Roberto Góes o povo amapaense aprova a sua gestão a frente da Prefeitura Municipal de Macapá.
Leonai Garcia


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