sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Nevasca

Torcedor do Clube do Remo que lê o blog.
Olha essa homenagem do Rui Azevedo para Neves, o maior ponta esquerda do futebol paraense, de todos os tempos.
Negócios do Futebol
Apenas uma questão de preferência.
Fernando Jucá Neves
Recebi dois pedidos um do Odilardo presidente da ATAR e outro do Rubinho um amigo do tempo de infância que hoje desenvolve suas atividades no Estado do Amapá na área de medicina e que há quinze anos enveredou pela área do jornalismo possuindo um programa numa rádio local, no qual faz dupla com Ubiratan do Espírito Santo, o Bira dos bons tempos de Jouber Meira no Clube e posteriormente no Internacional de Porto Alegre e outros Clube do Brasil.O Bira jogou em grandes Clubes do Brasil, fez gol por onde passou e os caras ainda chamavam de burro. Bira Burro só coisa do folclore esportivo. O pedido se resumia apenas escrever um artigo, um texto ou qualquer coisa que falasse sobre o Fernando Jucá Neves e sua trajetória no Clube do Remo e no futebol paraense. Sentei trinta e três vezes em frente ao computador e não saia nada, tentei de todas as maneira contar a vez que estreou um lateral esquerdo chamado Japonês no Clube de Regatas Vasco da Gama do Rio de Janeiro aqui no Baenão, foi a primeira e ultima vez que o cara vestiu a camisa do Vasco, levou tanto drible do Nevasca que até hoje o cara está procurando o caminho de São Januário no Rio de Janeiro. Em 1974 ano do bi campeonato, pois o Clube do Remo foi campeão paraense 73-74-75, o treinador do bi foi o Sr. Paulinho de Almeida, este um jogador que atuasse pelas pontas, foram buscar um gordinho que morava no bairro de Canudos na famosa Jabaroca e era casado com a sua Elisabeth Taylor, ao se apresentar no Baenão, local que conhecia de muitos e diversos carnavais de todas as naturezas, ele não oferecia credibilidade para quem não o conhecesse. Quinze dias após a apresentação decisão do campeonato contra a Tuna Luso Brasileira, o gordinho estava no banco de reservas quando mandaram que ele entrasse em campo. O Time do Remo atacava para o lado da rua Almirante Barroso, passaram a bola para o Gordinho se com o Japonês do Vasco ele fez pelo lado direito do campo com o Paulo Marabá então lateral direito da Tuna ele fez pelo lado esquerdo, no terceiro drible a bola caiu no seu pé esquerdo ele alçou a bola na área, mais um título do Remo, mais um gol do Negão Motora,mais uma alegria para galera.
Os anos foram passando o tempo nos derrubando eu fui o primeiro a sucumbi, aos vinte de seis anos o que era chamado Ferramenta do Baenão se aposentou da bola, fui conclui o que nunca parei de fazer estudar e posteriormente andar por este Brasil como profissional de administrador de Empresas e professor universitário. Numa das minhas vindas a Belém fui convidado a participar de um jogo de futebol pelada que se realizava no sítio do amigo do todos os jogadores o Toléo la em Marituba.Encontrei Bira, Mesquita,Ailso,Durvalino e o Fernando Jucá Neves, agora muito mais gordo a barriga bem proeminente porém o mesmo charme de quem sabia curtir Chico Buarque de Holanda e Roberto Carlos.Iniciado o jogo lá estava ele naquele espaço de campo que só ele conhecia, passaram-lhe a bola e eu em razão de estar muito tempo se vê-lo fiquei em dúvida será que ainda vai sair alguma coisa daí? Minha dúvida esvaiu-se em segundos, bastaram três passos, próximo a intermediária ele levantou a bola na cabeça do Mesquita e a bola estava lá dentro.Aliás o Mosca foi um dos maiores cabeceadores destas paragens, o único que não precisava tomar impulsão para subir,ele fazia na vertical com toda leveza e elegância. Gente vocês me deram uma missão difícil deveriam ter procurado o Zé Luquita ex-lateral do Paysandu e seu principal parceiro de acontecimentos fora dos gramados ou o Lúcio Oliveira (O Bochecha querido principal vitima das gozações do Nevasca.O personagem desta homenagem solicitada pode ser descrita de todas as maneiras como futebolista, como boêmio, como cantor e principalmente amante de Belém, cidade na qual ele andava e pelos amigos que possuía levava alegria e essa foi a sua principal marca.
Como disse é uma questão de preferência como disse Odilardo e o Rubinho, o futebol me escolheu e Deus me abençoou, então e convivi com Robilota fantástico, Quarenta um grande pensador do jogo,Bacury de uma habilidade imensa, Roberto Diabo Louro de uma inteligência única, Dico seriedade que transmitia segurança,dez anos titular do Time do Remo,Dr.Aderson de humildade única, joguei com Nelinho antes fase Seleção Brasileira, Júlio Cesar Urigeller,mas para mim por questão de preferência o meu ídolo até por ser parceiro que nos seus tipos momentos aqui na terra, infelizmente tive o desprazer de ouvir isto.Rui Azevedo eu tenho sofrido muito, aí eu entendi que o sofrimento dele era a falta que sentia do seu parceiro querido Lucio Bochecha que meses antes havia partido para cruzar bolas para o motora no time de Deus.Nevasca tai a minha homengem lembrando que Quem é do Rancho pede amor e não se amofina...Rui Azevedo – amigo e ex-atleta do Clube do Remo
Parabéns Rui, pela obra.
Leonai Garcia

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