quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A cooperativa ideal

Um dos grandes problemas que o homem enfrenta na vida é a competição com os seus semelhantes, às vezes beirando as raias do irracional, coisa que prejudica o seu caminhar na sociedade.
Se isso acontece na juventude, dá-se o devido desconto. Desculpa-se sob a alegação de falta de maturidade, de que falta conhecimento, de que a vida lhe ensinará mais a frente, e outras justificativas.
Quando tais condutas se manifestam na fase adulta, aí, é difícil a aceitação. A reação acontece numa proporção diretamente proporcional a ação inicial.
Vive-se numa sociedade de consumo onde uns se sobressaem aos outros. Isso é bom, é salutar, faz parte do crescimento individual do cidadão, desde que não haja uma ação predatória do homem sobre o homem.
De querer submetê-lo a caprichos maledicentes. Aí, o escravismo se manifesta com todas as suas iniqüidades. Há que haver reação. Caso contrário (.....).
Na busca da supremacia individual, muitas vezes, certas pessoas passam por cima das outras no afã de atingir o lucro de qualquer maneira, assim, trituram seus semelhantes.
Aí, em meio a sociedade plural, onde há indivíduos instrumentalizados pela pesquisa, o estudo e outros mecanismos formadores de massa crítica , há a reação. Uma reação medida, embasada, contextualizada, que não aceita de maneira nenhuma agir como massa de manobra de “espertos”.
Atingir o equilíbrio entre a produção da riqueza e a sua distribuição equitativa não é fácil. Exige desprendimento individual, uso da autoridade dos superiores hierárquicos, conscientização dos litigantes, de modos a que não haja a comunização dos bens, mas, que essa distribuição seja a menos iníqua possível.
Viver numa cooperativa de serviços, seja ela qual for sua categoria, não pode haver tantos privilégios param uns e descasos para outros. Uns se refestelam no lucro, outros, vivem à míngua. Isso não é cooperativa.
Aos trancos e barrancos a Unimed Macapá vem atravessando o seu “rubicão”. Hoje com mais de 30 mil clientes - portanto, a maior do Amapá - essa coligação de médicos tem tido os seus solavancos. Desde que foi fundada tem tido problemas de gestão. Por isso, periodicamente seus membros tem de “aportar” recursos para salvá-la da falência.
A empresa tem mais de 200 proprietários. Uns agem como se fossem seus donos. Se sentem, inigualáveis, insubstituíveis, insuperáveis, incomparáveis, imprescindíveis. Outros, nem sabem a sua situação nesse edifício social. Agem às cegas, presos nas suas teias de preocupações, e não se dão ao trabalho de saber o que ocorre em sua órbita.
Sou daqueles que não se submete aos caprichos de quem quer que seja. Sempre fui assim, desde a meninice. Agora, adulto, sabedor do que me satisfaz, reajo a interesses escusos e maldosos.
A Unimed Macapá tem de mudar o rumo, caso contrário dará com os “burros n’ água”. A direção recém eleita tem de exercer a sua autoridade, dentro da lei, mesmo que isso contrarie interesses de cooperados, digamos, mal acostumados.
Os que devem o aporte de recursos à cooperativa têm de fazê-lo, imediatamente, nem que para isso seja preciso a diretoria ajuizar ações no setor competente. Não pode uns aportar e outros não.
Isso está errado.
Leonai Garcia

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