Este assunto é muito polêmico e controverso. Para uns, a globalização trouxe avanços nos últimos anos para os chamados países emergentes. Para outros, entretanto, esses mesmos países continuam dependentes das economias dos considerados países ricos. Como tudo na vida, a globalização tem seu lado bom e seu lado ruim.
O lado bom: com a globalização os países abrem se ao fluxo internacional de bens, serviços e capitais, acontecendo a revolução nas tecnologias da informação que contribui de forma decisiva para essa abertura. Além de concorrer para uma crescente homogeneização cultural, a evolução e a popularização das tecnologias de informação que são fundamentais para agilizar o comércio, o fluxo de investimentos e a atuação das transnacionais, por permitir no nosso dia-a-dia uma integração sem precedentes de pontos distantes de planeta.
O lado ruim: de acordo com os críticos, a globalização facilita a concentração de riquezas nos países desenvolvidos; os países pobres ficam mais dependentes dos países avançados; os países economicamente mais frágeis não têm capacidade para fazer frente à concorrência dos produtos dos países com maior capacidade econômica, produtos estes que são inclusive produzidos em países onde a mão-de-obra é mais barata; o aumento da concorrência com a abundância de produtos que entram nos países com preços mínimos, gerando falências, perda de produtividade, desemprego e problemas sociais.
Temos que reconhecer que a globalização permite que os países avançados levem vantagens sobre os menos desenvolvidos, aliás, esta vantagem sempre existiu, inclusive antes da globalização. Na época do colonialismo, os hoje considerados emergentes eram verdadeiras propriedades dos países considerados ricos. Sim, o famigerado G8 ficou forte economicamente invadindo países pequenos e solapando suas riquezas.
A maior parte do dinheiro circula nos países industrializados - apenas 25% dos investimentos internacionais vão para as nações em desenvolvimento, subindo o número de pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia. O crescimento dos países emergentes em 1999 ficou em torno de 1,5%, o pior desempenho em 17 anos.
A participação das nações emergentes no comércio internacional é pouco mais de 30% e algumas estão à margem da globalização. O Banco mundial aponta como causas para o distanciamento entre ricos e pobres o aumento das ações protecionistas promovidas pelos países ricos, a voracidade dos investidores e a fragilidade econômica e institucional das nações subdesenvolvidas. A receita usada para recuperar os mercados emergentes em queda - cortes orçamentários e juros altos - contribui para aumentar ainda mais a distância. De acordo com economistas, a globalização e a revolução tecno-científica - responsável pela progressiva automação da produção vêm sendo a causa principal, nas últimas décadas, para o aumento do desemprego. Contudo a Globalização veio mudar a mentalidade de grande parte dos países no mundo, houve uma mudança de atitudes e passou se a ( pensar globalmente) ou seja as decisões são tomadas pensando no todo e não individualmente.
Izidoro Figueiredo – Economista Izidorof@ig.com.br
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
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