Toda vez que se aproxima o final de ano vem sempre à preocupação
de como fechar o ano “honrosamente”.
Durante o ano nos rendemos à sedução do consumo. Por necessidade,
status e até mesmo por fuga ou compensação muitas pessoas extrapolam
o limite razoável do consumo e a conseqüência em muitos casos
é o endividamento.
Muitos até dizem: “consumo, logo existo”, e acabam entrando
em um ciclo vicioso que leva a busca de renda cada vez mais
elevada (o dia-a-dia passa ter um ritmo alucinante) e se esta
não for suficiente, leva a busca de crédito e por conseqüência
gastos adicionais em juros.
Chegar neste período do ano usando o cheque especial, pagando
o mínimo da fatura do cartão de crédito e até mesmo com contas
atrasadas, gera um desconforto que leva ao comprometimento da
qualidade de vida.
Observem que mencionei sedução do consumo e perda de qualidade
de vida. Desta maneira podemos concluir que o comportamento
das pessoas ao lidar com o dinheiro transcende o econômico e
passa ser emocional.
Saber falar não ao consumo exagerado exige habilidade emocional.
Identificar eventuais distúrbios nesta direção é o primeiro
passo para recuperar a qualidade de vida.
Para muitos brasileiros o final de ano é sinônimo de entrada
extra de dinheiro. Recursos adicionais ampliam a tentação do
consumo. É neste momento que vale refletir: ampliar o consumo
ou equacionar pendências financeiras?
Parece-me mais prudente eliminar as pendências.
Neste caso a decisão deve contemplar o pagamento das dívidas
mais onerosas. Levante as pendências e confira a taxa de juros
de cada modalidade. Na média de mercado o cartão de crédito
é a mais alta, seguida do cheque especial.
É evidente que nesta altura muitos já comprometeram todo o recurso
adicional recebido, o que não quer dizer que não seja possível
ter um final de ano bom. Surge então a criatividade. A cooperação
é um bom caminho. As famílias reunidas podem e devem se cotizar.
Os produtos importados estão com preços convidativos à medida
que o real se valorizou frente ao dólar, assim em possível adquirir
mais produtos com menos recursos. Cada um pagando um pouco garantirá
mesa farta, sem contar a oportunidade da confraternização familiar.
Independentemente dos acertos financeiros e da estratégia traçada
para melhorar a qualidade vida, o indicativo é não incorrer
nos mesmos erros no futuro. Implementar o planejamento e o controle
das finanças domésticas é o primeiro passo. Depois é manter
a disciplina nos gastos, segurar o emocional e traçar metas
que permitam ir além do sair do vermelho, permitindo começar
a poupar.
Final de ano tempo para priorizar a busca de qualidade de vida.
Comece pela boa gestão das finanças pessoais.
( Este texto me foi enviado pelo economista Reinaldo Cafeo )
Izidoro Figueiredo – Economista izidorof@ig.com.br
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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