terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Viagem no tempo

Decorria o ano de 1961 e eu, menino, 13 anos de idade, começava a minha vida na Escola Industrial de Belém, na 1ª série de curso secundário, hoje, denominado, 2º gráu.
Pois bem. No 1º dia de aula, Março de 1961, a turma da 1ª série recebeu o uniforme completo para enfrentar o ano escolar.
Camisa de tecido fino, cor, caque; calça da mesma cor, um pouco mais escura e mais grossa. Sapato preto de couro e de cadarços. Bermudas e camisas em tecido azul celeste, de mescla, grossa, para uso nas oficinas; short azul escuro, com listras laterais em branco, e o indefectivel, tênis azul marinho, conga, de cadarços.
Como o leitor pode perceber, a memória está intacta. Perfeita. Lembro até da fila, da manhã, no pátio, em frente as oficinas de artes manuais, onde até há pouco esse material estava guardado.
Chefiando a entrega o seu Boanerges, o inspetor da escola. Homem austero, de bigodes e de baixa estatura, atarracada. Ao seu lado, o Olavo. Um negro, magro, alto, mais tarde apelidado de "morcego", o que lhe fazia ir a loucura!
Êta viagem de memória.
Pois bem. Fiz esta viagem, mentalmente, hoje de manhã, nas dependencias da escola Jardim Felicidade I, de responsabilidade da prefeitura Muncipal de Macapá.
É que lá, o prefeito Roberto Góes, perante uma multidão, fez a entrega de milhares de cestas de alimentos para os alunos da rede municipal da zona norte da cidade.
O alimento é fundamental para que o aluno apreenda sua lição com maior proveito. A mente nutrida é sadia e capaaz de gravar os ensinamentos repassados pelos professores.
Fico feliz de ver a estudantada da periferia ser alimentada pelo poder público. Assim produziremos cidadãos de primeira categoria. Com o tempo, que espero não seja muito, não será mais necessário doar alimentos.
O aluno bem nutrido será o cidadão do amanhã e terá condições de lutar por um emprego dígno, capaz de prover alimentos à sua prole.
Leonai Garcia

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