Ele nasceu no dia 18 de Julho de 1938, no Formigueiro - pedaço de terra localizado por detrás da Igreja Matriz de São José. É de se imaginar o que era aquilo naquela época, antes do advento do Território Federal do Amapá.
Na pia batismal recebeu o nome de Benedito do Carmo Tavares. Filho de José Rosa Tavares e de Maria do Carmo Tavares. No frigir dos ovos, Biló é paraense.
A família é tradicional no Amapá. Extremamente católica, então, assistir as missas, regularmente, fazia parte do dia-a-dia.
Fala com carinho e respeito dos padres: Vitório Galliani, Jorge Basili e padre Dário. Diz Biló com o semblante risonho: - " A gente só jogava se participasse da missa".
Assim cresceu o menino Biló, nas cercanias da Igreja Matriz e do campo de futebol existente no seu entorno, na, atual, praça Veiga Cabral.
Bom de bola, juntamente com os irmãos Faustino e Jangito, foram atraídos para o Juventus Esporte Clube, agremiação que surgiu no seio da Igreja.
Dessa época lembra do time do Juventus (1961): Wanderley (goleiro), Raminho, Cremildo, Biló e Celio Paiva; Branco e Haroldo Pinto; Pretote, Zezé, Pereira e Lacerda.
Nesse mesmo ano, foi compor o time do CEA Clube num confronto contra o Payssandú de Belém, cujo técnico Gentil Cardoso se encantou com o seu futebol e o levou para a capital paraense, para atuar no grêmio de "suíço".
Ora, o Payssandu tinha sido campeão paraense de 1961 e no ano seguinte, com uma equipe forte disputou o bi-campeonato, o que conseguiu diante da rival Tuna Luso Brasileira.
O time: Jorge Baleia (goleiro), Oliveira, Zé Ferreira, Biló e Edilson Delegado; Mangaba e Quarentinha; Fernando Malvão, Estanislau, Vila e Ércio. Reservas: Maurício, Paulo Malvão, Carlos Alberto, Fiuza, Elcio, Macedo e Mamaca.
No ano seguinte Biló voltou ao Amapá. É que o seu contrato de 6 meses venceu, e houve dificuldades para renová-lo, então, resolveu retornar à terra e ao Juventus Esporte Clube, sua casa.
O detalhe é que Biló atuou apenas 6 meses pelo Payssandú, mas, até hoje, seu nome é lembrado pela torcida bicolor como um zagueiro clássico, daqules que não dá chutão prá cima.
De novo, no Amapá, Biló continou a sua trajetória de jogador de área, zagueiro pela esquerda. Nessa condição enfrentou as equipes do Sport clube do Recife e o Maranhão Atlético Clube, sendo que no jogo contra os maranhenses, marcou um gol de falta. Local: Estádio Glicério Marques.
Ao todo, Biló atuou pelo Juventus durante 08 anos. Antes de ir para o Payssandú e depois, ao voltar para o Amapá. Pendurou as chuteiras em 1966.
Esta é a história de Biló, um dos maiores zagueiros do futebol amapaense.
Biló encontra-se em tratamento de uma enfermidade crônica, tendo o apoio total da sua família e encontra-se em franca recuperação.
A sociedade amapaense, o escriba no meio dela, torce pela sua recuperação.
Leionai Garcia
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