Coincidentemente, meu livro de cabeceira é a obra de Carlos Henrique Cardim, “A Raiz das Coisas”, Civilização Brasileira, 2007, onde o ensaísta expõe a biografia de Rui Barbosa, um dos pilares da República, nos seus primeiros anos, juntamente com o Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos), Campo Sales e Rodrigues Alves.
Imerso nessa leitura, a certa altura encontro uma das idéias do filósofo alemão F. Hegel que afirma “a cada dia, fico mais convencido de que o trabalho teórico logra mais feitos no mundo do que o trabalho prático. Uma vez que o campo das idéias é revolucionado o estado atual das coisas não continua a resistir”.
Viajo no tempo para a Macapá atual e me deparo com a demonstração da teoria de Hegel aplicada na prática pelo prefeito da capital Roberto Góes (PDT), apoiado pelos seus secretários responsáveis pela urbanização da cidade. A ação do prefeito cumprindo determinação do MP chega na hora certa.
Ora, o Ministério Público responsável pelo bem estar da sociedade, decidiu em tempo dar um basta na desordem instalada no centro comercial de Macapá, cobrando uma ação da PMM para reconstituir a plástica da cidade.
A imprensa clamava por essa atitude da PMM há tempo, com o objetivo de por fim a bagunça em que se transformou o centro comercial tomado de vendedores ambulantes que infernizavam a vida das pessoas que se dispusesse a ir ao centro comercial realizar alguma transação.
A ação da PMM atual causou ansiedade no seio da comunidade macapaense que quer ver a sua cidade arrumada, limpa, urbanizada, com suas ruas de calçadas sem empecilhos que prejudiquem uma caminhada no comércio, e capaz de acolher turistas de qualquer parte do mundo servindo de referencia positiva, assim como faz a imponente Fortaleza de São José na sua beleza estática.
Em pleno século XXI da globalização, dos avanços na qualidade de vida, e de tantas descobertas na área da ciência eletrônica, não dá mais para viver numa Macapá favelada, suja, de ruas tomadas por vendedores ambulantes, baiúcas de aspecto horrível, dando a impressão de que o povo daqui não tem ordem nem respeito pela sua administração pública.
Outro aspecto a destacar nisso tudo. A postura do MP na pessoa do seu procurador chefe Dr. Yaci Pelaes. Ele respaldou as ações dos promotores de justiça (meio ambiente), Haroldo Franco e Ivana Cei a favor da organização da cidade e contra a intromissão de um membro da sua instituição que agia autonomamente, afrontando a todos e ferindo o principio da ordem que deve existir em qualquer órgão publico.
O indisciplinado foi posto no seu lugar, saindo de cena, não sem antes ter de prestar esclarecimentos a corregedoria do órgão ao qual está vinculado. Aí também se vê o exemplo prático do restabelecimento da ordem num setor vital para a prática da Democracia.
A imprensa de maneira geral respalda as ações da PMM, com raras exceções, por sinal essas exceções pouco representam para a coletividade. O juízo dessa gente é diminuto. O grosso da mídia quer o bem da cidade apesar de grande parte dela não ter o umbigo enterrado aqui, mas, o amor pelo que é belo fala mais alto.
A expectativa é de que tenhamos uma cidade ordenada, em que o munícipe possa usufruir da beleza da natureza em toda a sua plenitude. Ações têm sido tomadas nessa direção. A alimentação escolar nas escolas da rede municipal é uma realidade. Os sinais luminosos instalados em vários pontos da cidade e os que estão por ser colocados hão de melhorar a qualidade de vida na capital amapaense.
As dificuldades existem, mas, têm de ser superadas, afinal, a vida não se resume em lidar com gente de bem, há os desajustados que compõem o contingente de uma nação, infelizmente.
Começou a revolução das idéias em Macapá. A prática até aqui se mostrou saudável!
Leonai Garcia
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